O Passaporte Inesperado

"Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos"Mt 22;14
CAPÍTULO 1 A Estranha Chuva Condenados durante a hora da escravatura e da colonização para o sofrimento eterno e sem salvação de acordo com as crenças religiosas dos Juízes, arrancados das suas próprias raízes ancestrais, mesmo assim muitos resolveram trair a luta novamente, silenciando os seus ouvidos, endurecendo as suas consciências e vendendo hoje as suas almas para o seu antigo proprietário, agora nas suas próprias terras. Este novo estilo de vida da juventude da massa Africana nas terras Europeias e Americanas tem um nome específico guardados nos livros das memórias dos nossos mais fervorosos herois nacionais e chama NEOCOLONIALISMO. Cabo Verde tinha tudo para ser um país totalmente independente, mas por causas das dificuldades pela falta de chuva, e falta de unidade do povo, o Manuel viajou para as terras longe da sua terra Natal e lá começou ele a trabalhar como clandestino do Neocolonialismo. Ele começou a trabalhar numa fábrica da produção de pneus, o seu brinquedo preferido quando era menino, e a viver num bairro degradado que chamava o “Vale dos Escravos” em Portugal. As matérias primas desta fábrica vinham todos da República democrática do Congo, a RDC, muito explorado e divididos pelos países considerados desenvolvidos como Portugal, USA, Bélgica, Holanda e Alemanha, enquanto hoje esta rica terra ancestral do Lumumba e Mulele, estes revolucionários assassinados, está a plongeando num mar de pobresa e destruição. O dinheiro que os nossos amigos recebiam dos trabalhos das fábricas não eram suficientes para pagarem todas as suas contas, ainda mais para mandarem uns trocados ás suas pobres filhas que ficaram com a esperança de também seguirem o destino do Pai e da mãe. Por causa dos papeis, os nossos irmão africanos aceitavam todas as formas de humilhações: pora caralho, vai te foder rapaz, vou chamar a polícia. Estas eram as palavras mais usadas pelos patrões das obras, onde muitos eram Racistas da Extrema Direita, com plena consciência da democracia. Saltando de obras em obras, fugindo da nova PIDE, na procura dos documentos que lhes permitissem vaguear e trabalhar pela Europa inteira. O João por sorte conseguiue muito rapidamente porque entrou cedo nos serviços de registos Portugueses, e também porque o seu pai foi um combatente para o ultramar, onde participou em várias operações contra os nativos revoltados na Guiné Bissau comandados pelo camarada Amílcar Cabral que queria somente ver a Africa Unida e a sua luta com um valor mais alto que uma nação podia ter: Unidade, Luta e Progresso. Este era o lema central do seu partido que chamava PAIGC fundado em 1954. Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola S. Tomé e Principe e Moçambique foram os 5 países de Africa que foram colonizados pelo Portugal e que restaram até a declaração da independência de Cabo verde em 05 de Julho de 1975. Cabo Verde é um país extremamente rico em recursos marinhos e naturais. Em conjuntos o MAC, movimento anticolonialista formam um grupo de 05 países que tem a lingua oficial Portuguesa. MAC significa movimento Anti-colonialista. Oh João! tu pensas que Portugal vai ceder as suas colónias falsamente libertadas, de mão beijada para ti? Perguntou o Alula. O Alula como lia muito e conhecia toda as estratêgicas do Neocolonialismo, sempre negou severamente o passaporte Europeu porque ele já sentia que deixaria muito em breve de ser um documento importante aos olhos de um novo mundo que ao seu modo de ver se aproximava todos os dias. Todas as vezes que estes amigos discutiam sobre questões do sonho da Unidade Africana, o Manuel e o João diziam que a culpa era dos líderes africanos marionetes e escravos do mestre Branco que recusaram a liberdade na pobresa do que a escravatura na riqueza, como dizia o Sekou Touré, o líder da Guiné Konakri. Eles diziam ainda que a Africa estava cheio de corrupção e lixo, que é por isso que eles preferiam o estrangeiro mil vezes para ganharem muito dinheiro. Eles não sentiam nenhuma segurança para a sobrevivência do que não no estrangeiro. Há pessoas que dizem que se Cabo Verde for alistado como membro da União Europeia ia tornar um país deserto em menos de 10 anos. Por estas razões, eles zombavam e aproveitavam das ideias do Alula apenas para a convivência da nova moda africanista, pois eles não eram conscientes, apenas repetiam os discursos deste. A consciêncência não cai do Cêu, é um acto de coragem pelas leituras, mas também da escuta dos mais velhos combatentes que morreram pela nossa liberdade. O Alula pensava em cada dia em como resgatar os filhos da perdição, junto da Babilónia toda prostítuida e vencida mesmos em frente dos seus olhos. Como Ethiopiano ele sentia este dever, porque ele considerava que se o criador escolheu a Ethiopia para não ser colonizado era porque a ele estava reservado uma grande missão, isto é de concluir a Fundação da Organização da União Africana. O tempo estava a passar como um relampágo. O ano 2020 até 2022 foi angustioso para toda humanidade: falsas pandemias, genocídios e fomes por causas de várias guerras e subida de preços nos produtos de primeira necessidade como o óleo, o arroz e a farinha Os Homens de gravatas e Mulheres de saltos altos passavam o dia a prostituirem com as multinacionais e as suas organizações humanitárias. Eles estavam desesperado pela Sobrevivência como todos os seres humanos, na busca do pão de cada dia para alimentarem os seus filhos. Praticamente todos os nossos amigos abandonaram a “visão para a subida da montanha” pelo caminho, considerando que era demasiado doce para ser profêtico, que não fazia sentido nenhum pensar a queda desta Nova Ordem Mundial, mesmo se a Russia já começou a Guerra oficial com os EUA previsto pelo Chinês Jenmimpao da CPR em 11 de Abril de 1974. (2) Os nossos amigos neocolonizados estavam convictos que a Europa e os EUA iriam triunfar como de sempre e que a Africa deveria ser novamente recolonizada como chamava atenção o Keniano Prof Lumumba em Addis Ababa no acto inaugural da 6 legislatura. (x) No ano 2023 na Africa alguns líderes estavam a ter uma nova mentalidade por causa destas profecias das guerras frias que estavam a acontecer conforme reveladas nos vários depoimentos no livro "INDO PARA O CAOS E AS GUERRAS: evidência da política incendiária dos líderes de Pequim, publicado pela agência de Moscow em 1978. (4) Repentinamente caiu uma estranha chuva, em meio do mês do Maio que começou a bater com força serena por todo o continente durante apenas 45 minutos. Poucas semanas depois começaram a nascer flores muito bonitas e pássaros de diferentes cores também vieram para cantar aleluia da paz que estava a começar. 2 arcos íris fizeram uma meia curva por cima da montanha sagrada no país onde Alula tinha nascido e crescido: Ele teve esta informação do seu velho que vivia muito longe nas montanhas. Muito rapidamente depois deste fenómeno natural, que foi anunciado pelos mêdias como o primeiro dia que a Africa não teve uma única morte de guerra, os líderes Africanos escolhidos resolveram pensar uma solução muito pragmática: um Passaporte Panafricano, que seria nos seus entendimentos a chave maestra de todos os problemas Africanos. Este passaporte visionário numa primeira fase era apenas permitido aos os líderes da Sociedade civil que tinham realizado vários trabalhos não só nos seus países, mas que também tinham fundado pelo menos três organizações em 3 países da Africa, ou para pessoas que viviam na diáspora que tinham provado ter financiado pelo menos um projecto panafricanista fora do seu país em cada ano, mostrando o seu engajamento. Uma outra condição exigida era que o passaporte deveria ser emitido apartir da Ethiopia em centros documentados e creditados pelo de Centro de Inteligência Africana ou da ADWA, a CIA. O mundo da Elite Europeia e os Estadunenses estavam a sentir as suas ruínas, a Russia e a China Completamente confusos sobre as suas operações militares e culturais, o Brasil e a India por sua vez estavam no inicio de uma verdadeira consciência das suas origens. Os líderes Africanos que trairam a luta de repente ficaram com umas estranhas cicatrizes brancas nos rostos, nas mãos e nos pés depois de terem contacto com esta chuva. Estes ficaram tristes sentadas em cima das suas maletas vendo claramente que nunca iriam ser selecionados para os ditos passaportes. Também o povo que cruzavam os braços e silenciaram sobre as ideologias da Unidade Africana desesperadamente não estavam a conseguir nenhum visto para a Africa. As angústias pareciam intermináveis e as pessoas estavam a sentir que eles eram os principais responsáveis por esta grande calamidade humana, e dos seus países, por causa do egoísmo, da indiferença e da traição. O desespero tomou conta destes grupos porque não tinham acesso ao PASSAPORTE que lhes permitiriam viajar por toda a Africa e ser acolhidos pelos sobreviventes das guerras e dos genocidios, pelas crianças africanas que cresceram e agora não queriam mais acreditar neles. Os filhos dos refugiados de guerras e sobreviventes dos genocidios de todo o mundo por sua vez ficaram todos ansiosos para aquele ano inaugural deste passaporte. O Alula foi pensar em cima de uma grande pedra com as mãos na cabeça: mas porque as pessoas mudam de ideia a toda a hora só para tirarem benefício oportunistas? Todos tinham rejeitado este documento e apenas pensavam em outras paragens, em quantas vezes foram avisados? Eu por acaso, nunca vi este passaporte, apesar de muito tempo estar a ouvir este assunto atravês dos líderes Africanos que vinham para a Addis Ababa todos os anos, sobretudo nos últimos momentos do general Mouammar Kadhafi, na cabeça da grande organização Africana, assassinado em Outubro 2011. Esta trágica vingança e traição de vários países com que ele tinha contactos profundos. Para muitos a Libya tornou-se num outro país. Será que os países árabes estão interessados em unir para se defenderem contra o colonialismo? Podemos ou não unir os nosso países conforme o sonho dos nossos ancestrais? Por isso, conto com este passaporte nos meus pensamentos desde a minha infância quando os meus avôs nos contavam as histórias das invasões estrangeiras de várias gerações sobre o nosso países.

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