Uma Fundação para África: Desespero ou Tentativa


 


 

 

Sabemos que  em toda Europa e América e na Ásia  existem exemplos de Fundações filantrópicas dirigidas por milionários ou associados que conseguem o apoio dos seus próprios Estados e  de artistas em mais diversas áreas, mas também das grandes empresas multinacionais.

Logo no início do Coronavirus duas grandes Fundações se destacaram e muitos outros  associaram logo na preparação para fabricação, distribuição e controle do medicamento: Fundação Bill & Melinda Gate nos EUA e Fundação Jack Ma na China.

Sabemos que em toda a Africa existem várias fundações com o nome de antigos revolucionários, mas que nem por isso tem capacidade própria de autonomia para financiar e erguer várias estruturas comunitárias que desenvolvam as visões dos próprios líderes que evocam ou representam. 

Entre estes dois tipos de Fundação existe uma grande diferença: o primeiro é basicamente o financiador do segundo, e é também um dos principais articuladores dos grandes programas  e áreas humanitárias internacionais.

No caso  da África o continente mais afectados e explorado são raros os exemplos das Fundações iniciadas pela diáspora com um objectivo de agir mais amplo e eficaz  em todo o continente.

A prova disso é que com uma curta visita ao Geogle não vais encontrar nenhuma Fundação Africana pronto a receber e suportar os seus projectos nas áreas de conscientização e resolução directa dos problemas fundamentais do nosso continente, e pelo contrário vais ver centenas de Fundações Ocidentais que lançam editais todos os anos para os projectos em todo o mundo especificamente para os seus países ou nos seus continentes.

Segundo a lei Françesa para a criação de uma fundação é necessário 200 mil Euro no prazo de 5 anos. O que significa que muito poucos Africanos podia ter acesso a esta forma de ajudar o seu continente, e que para isso teriam não só de ter esta consciência mas também a capacidade de mobilizar vários parceiros para atingir não só este montante mas também começar este tipo de administração que seria também um pouco custoso.

Uma Fundação Pan Africana na Europa e nas Américas teriam como principal objectivo mobilizar fundos e recursos humanos para ajudar a concretização do grande  sonho Panafricano de Unir a África, algo que não está a interessar a mente de cerca de mais de 99% da população Ocidental branca, preta ou amarela.

Muitas iniciativas Africanas não saem do papel ou da cabeça dos seus mentores porque não são suportadas pelas organizações filantrópicas pró-ocidentais e morrem pouco tempo depois ao esperar pela "filantropia dita Africana".

 

Este questionamento nos remete para uma grande conclusão : uma das mais graves handicap da África é que não só as suas terras e seus recursos estão ainda sobre o controle das indústrias estrangeiras mas também as suas actividades sociais , culturais, ambientais e artísticas.

Uma das soluções para  iniciar uma Fundação Panafricana na Europa e na Amêrica  seria basicamente tentar criar um grupo de trabalho para este fim e gradualmente conecta-la com aquela que já está a trabalhar no terreno num país da África.

Se os Africanos na diáspora começassem a pensar que podiam investir antes de um caro de luxo fechada na garagem dos seus países de origem do que em projectos sociais das suas comunidades, estaríamos aptos a  lamentar menos que a  culpa da África hoje assim era dos líderes políticos, porque os próprios jovens estariam mas perparados para os tirarem do poder.

Os Africanos deveriam começar a pensar que devem ajudar seus países mesmo começando com o pouco de cada um. 

Infelismente temos de aceitar as condições que estamos a ter sem querer: o Individualismo e o Egoismo estão a dominar o cenário Africano.

Agora sabendo que não temos estas condições seja ben-vindo a sua criação, ou seja contruir as capacidades para operacionalizar este tipo de plano.


RMUV



 

 

 

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