As 32 PLANTAS DA AFRICA UNIDA: ESTAMOS HOJE PREPARANDO PARA COMPREENÇÃO DO FENÓMENO MAIO 63 NA ETHIOPIA?

Em Maio de 1963, representantes de 32 países Africanos já Independentes, reuniram-se na Adisababa, para a conferência da assinatura da Carta da Fundação da Organização da União Africana. Fundada pelo Haille Selassie I, Imperador da Ethiópia, o principal objectivo era Unir para Libertar definitivamente a África das mãos opressoras do Neo-colonialismo estrangeiro sobre as terras Africanas Libertadas, depois de décadas de violentas resistências armadas.
Os líderes fundadores presentes estavam consciente que o destino dos Africanos estava a ser passado para as suas mãos, que as bases para União Africa estavam lançadas definitivamente, que um grande trabalho colectivo e responsável estava para fazer, para a Paz, a Prosperidade e a Moralidade Internacional que o continente clamava há 5 séculos. Uma das palavras proferidas que soaram um profundo eco naquele grande salão de conferência, foi o chamamento para a responsabilidade do dever e do compromisso assumido perante as novas gerações vindouras, de cada chefe de estado presente, e na capacidade deixada a nossa nova geração para compreender e desenhar o passado, presente e futuro das grandes decições tomadas neste dia. A promessa dizia claramente que a nossa LIBERDADE enquanto Africano não vai ter nenhum significado até que toda a África seja libertada. Um dia depois, todos os líderes presentes foram convidada a PLANTAREM UMA ÁRVORE DO FUTURO, num jardim que representavam o futuro da África de hoje e amanhã, uma realidade que nos ilustraram claramente hoje na inauguração deste parque, assim como todo cenário político vivido na Ethiópia nestes últimos 3 meses concretamente em meio de guerras e grandes tribulações humanas.
Depois de 59 anos, por uma rara ocasião, pela primeira vez, o jardim foi aberto ao público no dia 27/04/2014 ,Calendário Ethiopiano, e 05/01/2022 no calendário Gregoriano.
Geograficamente ela situa-se exactamente em frente do palácio presidencial hoje, antigamente o Palácio do Imperador.
Depois desta conferência, a organização foi estabelecida com a sua clara visão e missão, cabendo o império da Ethiópia a maior parte da responsabilidade, considerando ser o único país Africano preparado para a missão, que sobreviveu e venceu todas as tentativas mais violentas que fossem para a colonização no continente.
Todas as áreas de intervenção foram definidas: do plano de segurança colectiva ao desenvolvimento económico político e social, militar e alimentar. Estas plantas que vimos hoje a nossa frente simbolizaram logo no inicio : As plantas da fé, nas pessoas e nações, que depositaram nas mãos destes líderes os seus destinos para a Paz e bem-estar económico e social.
Contudo, grande tribulações, não só na Ethiópia mas em toda a África precederam aos anos da Fundação da organização da União Africana, que culminaram com uma grande iniciação em 12 de setembro de 1974, quando começa o golpe de Estado Imperial, o terror vermelho por 17 anos consecutivos, isto é até 1991, seguido de um outro regime de 27 anos até 2018. A visão da nossa Fundação surgiu em Dakar neste mesmo ano em Senegal, 27 de Março 6 meses para o estabelecimento definitivo na Ethiópia, com o objectivo de conhecer e dirigir o contributo para esta Unidade definitiva com o centro na Ethiópia, com o nome de DEUG, significando literalmente VERDADEIRO na lingua Wolof, lingua materna de Senegal, mas também em Amarick DAR.
Depois de 3 anos, mobilizando recursos humanos concluimos a legalização da nossa Fundação, com representação de pessoas de 7 nacionalidades e 3 continentes: Cabo Verde, Sudão, Ethiópia, Trinidade e Tobego, Portugal, França e Senegal, com o principal objectivo de continuar a misão para com que estas plantas foram plantadas, concretamente a representação do Símbolo da fé de uma Africa Unida, um direito legítimo de todos os Africanos de Mundo Inteiro.
A pergunta chave que a nossa geração está a colocar em cima da mesa é o que foi feito, ou que está sendo feito, durante todos estes periodos até agora, não só na Ethiópia mas em todos os países Africanos, e por todos os Africanos da diáspora sobre o testamento assinado neste dia?
As árvores da fé que foram plantadas, protegidas de todas as formas de destruição humana e natural, cresceram e deram os seus frutos, mas como deveremos Agir de agora em diante frente a verdade dos factos?
Cada um com a sua opinião, cada um com a sua responsabilidade nas suas mãos, e cada um com a sua escolha de acordo com as suas convições. Uma coisa é certa. Nós temos todas as condições que precisamos para celebrar esta grande festa, sem ilusões de vivermos em guerras e tribulações pensando que estamos a viver na Paz e Modernidade. Como responsável desta Fundação convidamos a todos as novas gerações Africanas, especialmente os Ethiopianos a assumirem definitivamente o papel histórico que lhes foi dado: Assegurar a Paz Africana e a sua Liberdade definitiva para as suas crianças e juventude da amanhã principais beneficiários desta decisão que tomaremos agora.
Não é por acaso que destes cerca de 30 elementos membros fundadores, 18 são crianças, adolescentes e jovens e os restantes adultos, todos com idade entre 5 a 65 anos de idade e de várias nacionalidades e línguas. A escolha agora está nas suas mãos, principalmenteos CABO-VERDIANOS que devem saber claramente que a Fundação é dedicada exclusivamente para uma contribuição para esta VISÃO: a União da África que os nossos ancestrais sonharam. Para nós é uma grande homenajem a Amílcar Cabral, pai da Nacionalidade Cabo-Verdiana e de Guiné Bissau, que deu a sua própria vida para nós, mas que não teve a oportunidade de participar nesta Plantação desde dia 24 de Maio de 1963, devido a falta de vontade de cooperação de Portugal na Libertação do nosso país, sendo assassinado 10 anos depois por esta mesma causa. Estar aqui presente hoje nesta mais alta missão, é fruto da sua inspiração.

Post a Comment

Previous Post Next Post