A verdade sobre os ÚLTIMOS 3 GOLPES de estado na zona CDEAO: Mali, Guiné Conakri e Burkina Faso. Parte 1

 

 

Fotografia de referência de determinação de um povo os rabelados em consideração a luta pela libertação da Guiné e Cabo Verde unidos.

 

Todos os Africanos devem saber que está em processo um movimento revolucionário popular em marcha no Continente Africano especialmente em 3 países estratêgicos e dominantes na Africa de Oueste: Bamako, Burkina e Conakri .

Antes de mais neste primeiro capítulo gostaria de salientar o espírito revolucionário de um destes 3 países: o MALI.

Importa recordarmos a história do Mali a partir do seculo 13, quando ela foi um grande impêrio na  humanidade inteira. 

O imperador Soundjata Keita: filho de uma mistura entre bufalo e leão de acordo com a cosmologia totêmica dos seus país encarregados de educação, veio a ser um Imperador de um vasto império que extendia até ao Senegal, conquistando até o império de Ghana.

Mali é um país muito desconhecido dentro da literatura e nas escolas Africanas em Geral, mas onde está atualmente a decorrer um plano patriótico e revolucionário para restabelecer a dignidade, igualdade, paz e soberania para o povo Maliano.

Ibrahim Boubacar Keïta (IBK), foi  presidente do Mali de 2013 a 2020 . Em 2020 houve o primeiro golpe de Estado contra o IBK.

Em 2021, segundo golpe de Estado contra o Presidente da transição, Bah N'Daw. Assimi Goïta tornou-se o Presidente da transição e Choguel Maïga o chefe do governo.

Após o golpe, Assimi Goïta pediu um período de transição de 6 meses a 5 anos para reorganizar o país e para assegurar que as eleições se realizassem em boas condições.

Desde 2012, o Mali tem sido flagelado por graves incidentes, particularmente no norte, onde os terroristas estão alegadamente a travar uma guerra contra a população e o governo.

A França, um antigo país colonial, presente no norte do Mali desde 2013 com a Operação Serval e depois Barkhane, que é suposto ajudar o exército maliense a livrar-se dos "terroristas". 

Mais de 5.100 soldados franceses estiveram presentes no Mali sem que nenhuma solução tenha sido encontrada desde 2013.

Há vários anos que os franceses são acusados pelos africanos de atiçar as chamas e até de armar os terroristas para melhor desestabilizar o país. De facto, a França, para além de um interesse geo-estratégico na região (cruzamento entre a Argélia, Níger, Mali e Mauritânia) tem também interesses na extracção de petróleo, gás, urânio e outros minerais essenciais para a sua sobrevivência económica.

IBK e o seu sucessor Bah N'Daw são acusados de serem marionetes do Estado francês e do seu actual presidente Emanuel Macron.

Os militares no poder, Assimi Goïta e Choguel Maïga, denunciam este estado de coisas e deixaram claro à França que a França-África deve parar. 

Assimi Goïta e Choguel Maïga consideram que a situação política no Mali deve primeiro ser estabilizada e que todas as regiões devem ser pacificadas a fim de organizar eleições. Consideram, com razão, que a "Democracia" tal como vista pela Europa e CEDEAO não pode ser aplicada por enquanto e que a democracia maliana e africana não é necessariamente modelada pelas dos países ocidentais.

São apoiados pelo povo maliense e por todos os povos africanos, bem como pela Guiné Conacri, Argélia, China e Rússia. 

Todos os pan-africanos também apoiam o governo de transição do Mali e vêem uma oportunidade de finalmente alcançar a soberania. Goïta e Maïga represetam hoje uma esperança para o povo maliano e africano.

A União Europeia quer que acreditemos que as sanções vêm primeiro da CEDEAO, mas a verdade é que estas sanções foram primeiro tomadas pela França, depois pela União Europeia e que a CEDEAO seguiu estas recomendações lideradas pelos presidentes Ouatarra (Costa do Marfim) e Macky Sall (Senegal) eagora o actual Presidente da Guiné Bissau e da CDEAO Umaro Sissoco Embalo.

As Sanções da CEDEAO contra o Mali:

- Encerramento das fronteiras do Mali com os seus estados membros;

- Embargo ao comércio (excepto para bens de primeira necessidade) e transacções financeiras;

- Suspensão da sua ajuda financeira;

- Congelamento dos activos do Mali no BCEAO (Banco Central dos Estados da África Ocidental);

- Tentativa de intimidação avisando que poderiam enviar um destacamento militar da África Ocidental para o Mali;

(os embarcos demoraram 7 meses segundo as palavras de Abdoulaye Maiga no seu discurso nas Nações Unidas durante esta última 77ª Edição.

A França está a pressionar a União Europeia a tomar também sanções e a ir ainda mais longe do que a CEDEAO. A França não quer desistir do Mali e está pronta a fazer qualquer coisa.

Mas também a própria ONU atravês do seu líder António Guterres tem intervido ultimamente pedindo a libertação dos 46 mercenário da costa de Marfim detidos no Mali.

Todas estas sanções são sem precedentes e não aparecem nos textos da CEDEAO. São denunciados pelo povo africano.

Esta crise no Mali é, portanto, uma oportunidade para o povo africano alcançar finalmente a sua liberdade e soberania. Todos os povos devem unir-se e denunciar o que está a acontecer no Mali.

O governo de Cabo Verde também confirmou o seu acordo a estas sanções. O povo cabo-verdiano deve saber disto e também encontrar acções para denunciar esta decisão.

Depois do Mali resistir a todas estas afrontas que se ajuntaram as graves crises sanitárias dos bloqueios da COVID 19 com estas sanções e turbulência políticas e militares com a saída de todos as tropas francesas na luta contra o terrorismo na região que demorou 10 anos, uma grande surpresa para muitos que não acreditavam que Mali ia sobreviver a este clima: O Mali não só conseguiu controlar as regiões e os libertarem das mãos dos terroristas, como está a ter o apoio popular e militar que precisa para além de estar a ganhar a simpatia dos próprios estados membros da CDEAO e de outros países amigos da África.

A presença do Mali na 77ª Edição da ONU decorrida agora em Nova York, o testemunho do povo Maliano e do seu general de combate Assimi Goita, representado pelo Abdolaye Maiga foram decesivos para toda a história da Africa que não nos contam hoje:

O MALI VEIO PEDIR CLARAMENTE QUE A HORA DA AFRICA É INEVITÁVEL. OU SEJA QUE ELA MESMA ESTÁ DISPOSTO A LEVAR ESTE GOLPE DE ESTADO ATÉ AO FIM AO CONTRÁRIO DO QUE TEM ESTADO A ACONTECER NA AFRICA DESDE O INICIO DAS GRANDES REVOLUÇÕES AFRICANAS DOS ANOS 50 ATÉ 70 QUE LEVARAM A QUEDA DE TODOS GOVERNOS IMPERIALISTAS E COLONIALISTAS NO PODER NA AFRICA.

SÓ QUE AGORA O POVO MALIANO RESOLVEU TOMAR A PALAVRA DE ORDEM DE SEKU TOURÉ EM GUINÉ CONAKRI CONTRA A POLITICA FRANCESA E DE SANKARA EM BURKINA FASO NESTAS REGIÕES.

SERÁ QUE MALI VAI TER SUSESSOS NESTA GRANDE REVOLUÇÃO AFRICANA? SERÁ QUE GUINÉ CONAKRI, BUKINA FASO, SENEGAL, THAD, NIGER, GUINÉ BISSAU E CABO VERDE, GHANA, CONGO, RWANDA ETC  VÃO SEGUIR UM A UM?

GOSTARIA DE ACREDITAR QUE MALI TEM NESTE MOMENTO ESTA CHAVE, MAS QUE SEM AJUDA DOS AFRICANOS DE MUNDO INTEIRO SERIA IMPOSSIVEL.

MESMO EM GOVERNO COMO CABO VERDE QUE PARECE DIFICIL O GOLPE DE ESTADO MAS A VERDADE É QUE NÃO VÃO TER ESCOLHA DE NÃO ENTREGAR O PODER PARA O POVO SE O PRÓPRIO POVO DECIDIR QUE ASSIM SEJA.

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