O Papel da Ethiopia na Libertação de Cabo Verde nas garras do Imperialismo Português: factos para uma actual COOPERAÇÂO.

(Foto alusivo a uma semana de viagem que o Imperador teve em Portugal, aquando da sua viagem para vários países da Europa em Julho de 1959) Esta reflexão tem como principal objectivo tentar abrir a cortina da descolonização e do Imperialismo, de ontem e de hoje, no que concerne a vários factos escondidos e não ensinados nas nossas Escolas "Pro-ocidentalizadas", sobre o impacto das decisões políticas e diplomáticas da Ethiopia da dêcada dos anos 60 sobre o regime de ditadura de Oliveira Salazar em África, nos países Africanos não independentes restantes depois da Fundação da Organização União Africana em 1963, particularmente em Cabo Verde e as outras colónias ocupadas pelo regime de Portugal, e os Regimes de Apartheid do Sul da Africa do Sul. A nossa geração que ouviu os relatos dos nossos avôs que nasceram nestas ilhas afortunadas, podemos afirmar de facto que elas foram lugares especiais da dominação colonial Portuguesa, ainda que por muito tempo esteve escondido dos mapas geográfico do mundo ocidental ou acadêmicos. Pela sua posição geo-estatêgica, os Cabo-verdianos conhecem muito bem o papel desempenhado pelos colonos Senhorios nas ilhas, outrora dos Sobrados e dos Prados Portugueses, tanto nas trajectórias sofridoras dos escravizados que entravam e que saíam dos barcos rumo às Amêricas, vendidas como animais, ao mesmo tempo que eram açoitados e maltratados no Pilorinhu da Cidade Velha, mesmo a frente da Santa SÉ, a catedral hoje em ruínas, para a conversão da sua fé à cristã católica Apostólica Romana.
Sé Catedral, Construção de 1546 a 1700) Sabemos ainda, das responsabilidades políticas, religiosas e militares, dos missionários católicos, dos administradores políticos capitões-mores que chicoteavam os nossos antepassados, mandatados pelo Reinado de Portugal: o Don João. (Em baixo o Pilorinhu o monumento que simboliza a tortura do homens Africano)
Muitos claridosos da nova temporada tem consciência de tudo isso que estamos a falar, outros estão adormecidos ou adormecendo-se nos cânticos de Camões, outros talvez com medo de aceitar o facto de que a Colonização e o Imperialismo foram regimes terroristas com processos complexos que envolveram um conjuntos de factores determinantes e interligados, que só com várias leituras "Fanonianas" nos seu livro sobre as Damas das Terras,ainda com práticas e vivências, podemos descodificar e julga-la hoje na mesa do sistema da moralidade internacional.
A históriografia dos factos são infalíveis. O seu curso são como as águas de um imenso rio que um dia vai dezaguar com todos os seus elementos que ele juntou pelos árduos caminhos percorridos. (Alusão ao Nilo Azul na Ethiópia, que percorre vários países Africanos deste o lago Victória na Uganda até dezaguar nesta grande catarata rumo ao Egipto e o mar Vermelho)
Hoje em 2022 o mundo está a acordar e os Africanos terão as suas responsabilidades nas suas próprias mãos para fazerem as suas escolhas que determinarãos os seus destinos. Como dizia Frantz Fanon cada geração deve com devida clareza descobrir a sua missão, para o encher ou trai-la. Mas qualquer que seja as escolhas os Povos Africanos merecerão de uma vez por toda serem considerados cidadões livres e com todos os direitos humanos consagrados na moralidade internacional, o que não significa que este merecimento é meramente de carácter religioso ou espiritual, mas sim deve ser coordenada na prática. As injustiças cometidas com os Africanos em nome da civilização durante cinco sêculos: de invasão as guerras coloniais, das resistências para a Libertação/Opressão,dos anos 50 a 70, juntos podem formar e resolver a consciência da grande Equação Universal sobre a JUSTIÇA, PAZ e a IGUALDADE HUMANA. Mas também insistimos que não podemos esperar que os outros que nos colonizaram, para fazerem o nosso trabalho de casa. Para Fanon o inimigo nunca pode ser convertido, e não cabe a eles a tarefa de nos descolonizar. Neste ponto o psiquiatra da "descolonização da mente" nosalerta severamente para o neocolonialismo e o nosso abate que sucede pela falta de filosofia de unidade e de um socialismo Africano.
Portugal e o Regime de Apartheid na Africa de Sul começaram a agir cada vez mais duro quando viram que estava perante um grande movimento político e armado contra a suas filosofia colonialista. (Foto massacre de Pidjiguiti no Porto da Guiné, 03 Agosto de 1959, que desencadeou imediatamente a luta armada na Guiné,sem esperar para mais discursos)
O Racismo é a grande ideologia de alienação mental também nas palavras de Fanom. O homen Africano visto como inferior e incivilizado. Em baixo podemos ver as crueldades do regime Apartheid suportandos pelo regime de Portugal.
Portugal, um dos primeiros da Europa a navegar nas águas marítimas Africanas, escravizaram os povos Africanos, apesar de duras resistências, que desenrolaram em todos os impérios africanos, desde a navegação de Nuno Tristão em 1446 pelas bandas da costa da Guiné e Senegal, este que foi morto com um tiro de uma flexa indígena envenenada em Senegal. Da ocupação de Cabo Verde em 1460 à conferência de Berlim em 1885, até ao fim aos meados dos anos 70 os povos dos países de : Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncípe e Guiné Bissau e não só, vivenciaram na pele e na alma as barbaridades do sistema colonial que veio a se transformar na ideologia radical do FASCIMO PORTUGUÊS, ESPANHOL, ALEMÃ E ITALIANA e pior a APARTHEID NA AFRICA DO SUL. Mas esta ideologia aterrorizante Euro-americana foi a mesma por toda a Africa, diferenciando apenas dos "Capitões do Mato" e das suas origens. (Em baixo imagem do tratado de Tordesilhas, divisão do mundo para Portugal e Espanha a iniciar perto de Cabo Verde)
Os países Africanos compreenderam a mensagem e se revoltaram para se formarem uma frente única de luta para a liberdade, atravês da OUA em 1963. Esta organização liderados pelos mais forte filhos da África, quiseram unir-se para varerem os últimos restos da colonização política, de modo que poderiam avançar para o plano mais avançado, do foro psicológico mental, económico e cultural.
Os tentâculos do Neocolonialismo continuaram aos nossos dias. Portugal até hoje explora os Cabo-verdianos imigrados como cidadões de segunda e terceira classe. Ele não pagou para Cabo Verde a indeminização das perdas humanas, nem tão pouco pediram desculpas para às sucessivas gerações pelas traumas psicológicas e morais criados no seu Ser. Este poder patrialcal ainda se matêm visível nas instituições acadêmicas, religiosas, políticas, culturais e económicas do Estado de Cabo Verde. Até hoje o proselitismo de Camões ou dos três pastorinho continuam incutidos no espírito de muitos cabo-verdianos, que mantêem esta formação psicólógica e espiritual, levando-os a rejeitarem não só as suas origens Africanas, mas também a própria vontade de existir para lutar e libertar. Muitas vezes aceitam ser Africanos apenas nos discursos e nas modas, dizendo Cabralistas mas agindo como Salazaristas, discíplos fervorosos da nova Elite Mundial, a formação final do curso do rio que metamorfoseamos no início desta dessertação. Continuando com o Fanom NA SUA CRÍTICA AO NEOCOLONIALIMO "libertando o escravo antes que ele se revolte para lhe matar o mestre vai instaurar uma relação PATERNALISTA". (Ilustração em baixo do grande revolucionário Algeriano, que sofreu várias tentativas de assassinato). Tal é a explicação de em vez de valorizarmos os esforços que o Governo Imperial da Ethiópia fez para nós na altura na altura da nossa luta armada para a independência, limitamos a ver para as estátuas de Diogo Gomes, de continuarmos com as nossas praças com louvores a nomes dos nossos próprios escravizadores.
A exploração conjunta dos recursos minerais estratêgicos dos países Africanos deram para os impérios ultramarinos todas as forças que eles precisavam para alimentarem e manterem as suas ideologias de civilização, para ostentarem a máquina Facista da Geração de Salazar, Hitleriana, Nazista e Mussulonista, para simplismente provarem os seu poderes na arena da diplomacia internacional Imperialista que estamos a ver hoje nos nossos ecrã dos telemóveis moderno a cairem. (Em baixo ilustração do Mapa Português da Africa e dos Ditadores dos países: Itália, Alemanha, Espanha e Portugal)
Sorte ou destino dos Africanos, a Ethiopia é o ÚNICO que tem conservado um estatuto do único país LIVRE E VICTORIOSO durante todos estes séculos de amargura no nosso continente. Para os mais atentos do curso do rio da história sabem e reconhecem como este país venceu o Imperialismo e marcou a morte lenta do Fascismo no mundo. (Monumento que simboliza o fim do fascimo Italiano, uma estátua de um leão deitado no último degrau da escada mesmo em frente do Palácio ocupado durante 5 ano pelo Governo Fascista da Itália. Hoje Universidade Addis Ababa)
Por duas vezes a Ethiopia conseguiu derrotar o nosso maior inimigo. Estas victórias e resistências nos inspiraram a todos para aquilo que chamamos Revolução e Descolonização da África ontem e hoje. (Em baixo o retrato de Ras Makonem pai do Imperador Rastafari, e general da primeira grande derrota da Itália em março de 1896)
Pagando o crêdito e a satisfação destas grandes victórias históricas, políticas e morais, considerados para muitos como milagre e outros como actos de coragem, sobre o colonialismo e o imperialismo, juntos em 23 de maio de 1963 32 países Africanos independente, reuniram em Addis Ababa e assinaram a carta da União Africana, um documento máximo e de grande importância para os Africanos que expressam a vontade definitiva da LIBERDADE. (cartazes alusivos a OUA)
Esta carta tinha como objectivo fundamental suportar uma linha clara para a Descolonização, a Paz, Justiça e Unidade do nosso continente explorados a séculos e mantido sobre Ignorância, Pobreza, a Fome, Guerra e Doenças. Naquele dia em Addis Ababa ficou também claramente declarado que o regime de Portugal e a Africa do Sul deveriam terminar os abusos nas suas colónias e deixarem o caminho aberto para autodeterminação para os últimos países dos povos Africanos que restavam para ser independentes. Uma mensagem clara foi dada ao Mundo neste dia na capital Addis Ababa: o passado tenebroso da Africa passou. Os nossos destinos nos pertencem a nós e aos nossos filhos, a discriminação, a exploração dos nossos recursos humanos, materiais históricos e culturais cabe as nossas gerações. (Foto da 2ª conferência no Egipto no ano 1964)
A decisão da sua Magestade Haile Selassie I era firme e consciente por isso conseguiu o apoio de vários carismáticos líderes Africanos como Nkwame Nkruman de Ghana, o primeiro país Africano que conseguiu a sua independência, o Sekou Touré, Silvianus Olimpus entre outros.
FELISMENTE SUA MAJESTADE COMPREENDEU O SEU PAPEL FUNDAMENTAL ENQUANTO ÚLTIMO IMPERADOR DA LINHAGEM SALOMÓNICA EM AFRICA QUE REINOU. (Rainha Saba, mãe de Menelik I, o primeiro Rei na linhagem Salomónica , filho de Salomão, filho de David de Israel)
Em baixo escultura, Haille Selassie, no monumento em frente da Universidade Addis Ababa, que representa o martírio do Povo Ethiopiano pelo Governo fascista Italiano e a Justiça que foi feita depois, da ocupação que durou de 1936/1941)
Ele escreveu uma carta datada de 17 de Julho de 1963 pedindo Salazar para apresentar um calendário com as etapas progressivas da libertação das colónias, argumentando que não podíamos consentir que os Africanos continuem sobre a opressão em troca da liberdade. O ditador das terras lusitanas recusou o pedido,tentando nos embarcar mais uma vez, e como de sempre, nas poesias de Camões, do direito histórico civilizador da moral cristã, destas terras que para ele eram provincias ultramarina portuguesa e não colónias. Em muitos dos seus discursos Salazar afirmava que êramos irmãos da mesma fê cristã. Estas afirmações estavam completamente disvirtuadas das práticas "coloniais sangrentas e genocidiárias", que nos contaram os nossos país dos trabalhos forçados nas Matas da Guiné, Angola, Moçambique e S. Tomé e Princípe.
Esta recusa e a falta de respeito custou-lhe muito caro porque obrigou a Ethiopia a cortar as relações diplomática e seguindo aquilo que passou a ser as primeiras sanções da instituição acabada de nascer a OUA. Uma decisão radical, como manda a Revolução Africana, foi mandar fechar a embaixada de Portugal logo no ano seguinte completando apenas uma década da sua existência oficial em 1954, quando um grupo de cidadões de Goa solicitaram este pedido. Portugal até a data de hoje é o único país da “Europa colonizadora imperialista” que não tem uma embaixada aqui na Ethiopia, e a sede de Portugal de outrora em Ethiopia foi comprado pelo Israel. os 500 anos de relações de Portugal e Absinia, que começaram mesmo antes do dominio de cooperação militar contra a invansão Turca musulmana - Amhed Gran nos anos 1527 a 1543, começou em 1510 com um enviado diplomático de Ethiopia de nome Mateus. A grande aventura de Portugal com os 400 homens terminaram numa tragêdia com a decapitação da cabeça do grande navegador português D. Cristovão da Gama filho de Vasco de Gama, o português que governou a India, antes talvez deste ter descoberto este país a partir de Cabo Verde.
O Imperador aquando de uma visita a Portugal durante sua “grande volta a Europa” lê se “ discutimos a política Africana com o primeiro Ministro Oliveira Salazar no Palácio de Ajuda. A posição do Governo Português parece insustentável. (27 de Julho de 1959). O que prova que os líderes Africanos tiveram muita paciência com o governo Português e precisavam de organizar melhor para coordenar e atingir o objectivo da Unidade do Continente face aos interesses estrangeiros, mesmo sabendo a grandiosidade da tarefa que o esperavam no rio do Imperialismo que avançava rumo a decadência de desumanização Já em outubro de 1963 sua Magestade Imperial voltou a replicar a questão sobre o palco das Nações Unidas, o que tornou uma enorme pressão sobre a comunidade internacional, tendo em consideração naquele momento o peso da OUA no sistema das Nações Unidas, já com 32 paises libertados e membros desta organização. 27 anos antes na Geneva sua magestade teve o luxo de ser o primeiro chefe de estado a falar na Tribuna da SDN (Sociedade das Naçõess) sobre os perigos dos Estados mais forte em não respeitarem os estados mais enfraquecidos por eles mesmos, no caso concreto da tentativa frustada da colonização da Ethiópia em 1936 que resultou no seu exilio que duraram 5 anos,e do inicio de uma grande jornada de diplomacia internacional sobre a causa Africana.
Tanto na primeira reunião dos chefes de Estados Africanos em Maio 63, n Conferência de Cairro em Julio de 1964 nas Nações Unidas em outubro do mesmo ano, os crimes de Portugal e do Apartheid em África tornaram alvos de duras críticas e atenção para os povos de mundo inteiro.
No Cairo eis a declaração do discurso da sua magestade "declaramos que todos os laços econômicos com a África do Sul devem ser encerrados. Temos feito isso? declaramos que as relações diplomáticas com Portugal devem ser rompidas. Os enviados portugueses ainda agraciam o capital africano? Nessas duas áreas, temos atuado em unidade?" Os discursos internacionacionalizaram ainda mais através da sua propagação nas música reggae de Bob Marley e a sua admiração e louvour a sua Magestade Imperial, e para com a terra que ele considerou durante toda a sua vida como a Terra Prometida: a Ethiopia.
A famosa letra da música War tirada do discurso inaugural da OUA , num dos versos citava claramente o grande crime que Portugal e a Africa do Sul estavam a cometer juntos contra os povos Africanos. Mas também deixaram claro que o mundo não conheceria a paz até que esta filosofia do Racismo seja permanentemente desacreditada.
O Imperador viajou pessoalmente por vários países da África, especialmente aquelas intergradas na comissão dos 9 da OUA, para a descolonização em curso. Mas também manteve contacto com a maioria dos líderes do mundo capitalista imperialista, da Europa, da Ásia e das Américas tentando deixar a imagem de uma Africa Emergente com um espaço no Mundo. Esteve em especial na Guiné Conakri de Sekou Touré, um dos maiores inimigos do imperialismo na altura, o primeiro país Africano que rejeitou abertamente as propostas do General de Gaulle em manter as redes francesas de Neocolonização na Africa.(https://guineeconakry.online/2020/08/26/sekou-toure-de-gaulle-25-aout-1958-le-rendez-vous-de-la-verite-historique/)
. Este último infatizou e cooperou muito com a sua Magestade inclusive sublinhou nas suas linhas gerais de intervenção na conferência de abertura da OUA em maio 1963, a necessidade de uma Agenda com um Comité para a Descolonização dos territórios Africanos debaixo do regime Português, e mais ainda a importância da denuncia deste facto na próxima conferência das ONU que ocorreu meses depois. Portanto os povos Africanos dos países colonizados entenderam os sinais de alerta e dos suportes internacionais dos povos oprimidos, e começaram uma dura luta armada para a independência nacional dos seus países que duraram cerca de duas dêcada e ceifaram a vida de milhões de homens nos anos 60 a 70. Estas guerras foram seguidos de guerra civil, golpes de estados, genocidios e um contingente de refugiados nunca antes visto na história humana, vindos dos 4 cantos do continente: de Africa do Sul ao Cairro, de Cabo Verde a Ethiopia. Contudo nem por isso estes acontecimentos marcaram o curso da história mundial, e nem mereceram um distaque na historiografia ocidental, sobretudo porque foram actos vergonhosos para os seus próprios povos e suas novas gerações.
Os sistemas imperialistas entenderam as mensagens da coordenação desta Luta pela Ethiopia por isso decidiram executar com as suas próprias mãos, já sujas de sangue, vário assassinatos como de Lumumba no Congo, de Modibo keita no Mali, e tentaram várias vezes para matar Frank Fanom, e muitos outros filhos e filhas da África foram assassinados pelo Imperialismo.
A Ethiopia foi um dos primeiros países Africanos a corresponder a apelo de Lumumba na ONU resolução 143, embora tarde demais para socorrer o líder cercados pelas forças belgas e imperialistas com a capa da NATO. As forças imperialistas desorientadas e desesperados coordenaram vários golpes de estados Africanos que estavam envolvidos nesta luta do bem contra o mal, para além de boicotarem de toda a forma possível os avanços desta revolução, promovendo a contra-revolução e governos reacionários por todos os países da Africa que estavam comprometidos no projecto da Unidade da África, Um mundo mais Justo e Verdadeiro. No lugar destes grandes homens da história Africana, os sistemas imperialistas posicionaram com as suas ajudas homens Africanos com ideologias completamente contrários a emancipação e liberdade do continente. Amílcar Cabral, um filho de Cabo Verde e da Guiné Bissau, pagou a sua vida por esta causa, mas os irmãos da luta não souberam continuar esta luta preferindo ser conduzido pelos seus novos mestres.
Devemos entender de uma vez por toda que o colonialismo e imperialismo são ideologias de dominação que envolveu directamente todos os actores que o iniciaram, mais concretamente: França, Bélgica, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Itália e os EUA, atravês das várias redes antigas nos casos de SS Nazi da Alemanha, Serviços Secretos Franceses, CIA, etc, mesmo se aparentemente entre eles havia desentendimentos em algumas ocasiões. Hoje esta técnicas apenas mudaram de máscara, as suas implicações são reais e práticos.
Triste é que os nossos líderes de hoje esqueceram não só os assassinatos dos seus líderes, como de milhões de vidas sacrificadas,e sobretudo do destino real desta longa viajem do do curso deste imenso rio. Eles não tiveram a coragem e determinação para comprometer até ao fim e continuar esta luta e esperar ve-lo no fim desta grande catarrata. Resolveram viver de novo na opolência da escravatura do que ter a liberdade para os seus povos, que tanto lutaram.
Terminando com a frase de Amílcar Cabral em relação a Cabo Verde, podemos interpretar a nossa luta, ainda hoje política, mas amanhã talvez armada, como prolongamento da resistência dos Africanos da Guiné ou de qualquer sítio próximo levado como escravos para Cabo Verde e que, como escravos, sofreram resistiram e lutaram contra a dominação dos escravisadores portugueses que os venderam na Amêrica, no Brasil e noutras partes do mundo, como se de animais se tratasse” p204 Esta ultima citação no Pensar para melhor agir, intervenções no seminário de quadro 1969 ilustra não só a determinação de um povo rumo a liberdade, mas também da importância de esclarecer todas as circunstâncias práticas e reais que estiveram na base da emancipação do Povo Cabo-verdiano e da Africa em Geral. Os países Africanos sobretudo lusófonos e não só, deveriam compreender e responsabilizar para agradecer a Ethiópia por esta coragem, através do seu governo imperial, por ter tomado estas decições que favoreceram de que maneira Cabo Verde, Angola, S. Tomé e Principe, e MOçambique e Guiné Bissau. MAS SERÁ QUE O MUNDO AFRICANO PRECISAVA DE NOVO RECORRER AS ARMAS, SE FOR NECESSÁRIO PARA RENVEENDICAREM OS SEUS PRÓPRIOS DIREITOS HUMANOS CONSAGRADOS TANTO NA CARTA DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES, DAS NAÇÕES UNIDAS E DA UNIÃO AFRICANA CUJAS ORGANIZAÇÕES TODAS A ETHIOPIA FOI TAMBÉM FUNDADORA JUNTO COM AS OUTRAS NAÇÕES D MUNDO PRESENTE? Certamente podemos compreender Fanon em não esperar que aquele que nos colonizou venha a correr para nos descolonizar mentalmente, sabendo que ele deseja a eterna dominação do homen Preto. Terminamos com esperança, e remetemos esta mesma carta, desta vez aos responsáveis atuais da governação de Cabo Verde, que Amícal Cabral escreveu EM OUTUBRO DE 1962 para a sua Magestade Imperial, alinhando claramente com uma missão e principios para a Africa e a Humanidade, aquela com que saldou a sua própria vida no trágico dia 20 de janeiro em Guiné Conakri, o país cujo terreno estava minado de conspirações contra a Liberdade Fundamental do Homem Africano, conforme descrevedo com a todas as linhas no livro de factos reais intitulado: o Imperialismo e a sua Quinta colónia em Guinée (Agressão do 22 de Novembr de 1970) O livro que parece uma ficção é na verdade o desmantelamento do sistema Imperialista Neocolonial. Ler aquela que poderá ser a única carta de um líder em Cabo Verde para a Ethiopia, desde há 60 anos, na sua totalidade pode ser uma aprova concreta que o título desta dessertação merece a sua atenção e que é mesmo VERDADEIRA, Sr.Presidente José Maria Neves e Sr. Ministro Ulisses Correia e Silva!
Bibliografia The Addis Ababa African Summit Conference, the Emperor haile Sellassie I of Ethiopia, 23 Maio 1963 Speech At the Cairro OAU Sumit July 21, 1964 The Emperor haile Sellassie Addressto the Unite nations on October 4, 1963 Ethiopia e Portugal 1954 -2014, catálogo de exposição Important utterances of HIM, Emperor Haile Selassie I Amílcar Cabral, Pensar para melhor Agir, intervenções no seminário de quadros, 1969, Fundação Amílcar cabral, 2014 Elaine Sanceau, em Demanda do Preste João, Livraria Civilização, 1939 L´Imperialisme et sa 5ème Colonne en République de Guinéee. FRANTZ FANOM ouevres, Peau Noire masques Blancs, L´an V de la revolution Algériene, Les dames de la Terre. Pour La Revolution Africaine.

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