Maio 63, depois de 59 anos da Fundação OUA, conclusões históricas da nossa geração!

O dia da Libertação da África foi oficializado em 25 de Maio de 1963, no final da grande conclave que tinha como objectivo primeiro instituir a Organização da União Africana em Addis Ababa- Ethiopia. Líderes de 32 países receberam uma calorosa hospedagem, atravês do Imperador Haille Selassie onde assinaram a Carta da União Africana, aquela que passou a representar a pedra angular de todo o sistema da luta contra a opressão do povo Africano desde há 5 séculos da colonização Euro-Americana. O banquete final do Rei vestido de fato preto, camisa branca e um pequeno laço preto no pescoço representou a celebração daquela que seria a pedra fundamental para a consolidação do sonho: Africa Unida. Esta nobre missão levantou as cinza dum passado tenebroso rumo ao fogo da Liberdade, em direção para um futuro glorioso do nosso continente, atravês da projecção de um Governo Unitário e Revolucionário. Para a sua magestade Haile Selassie I esta organização seria não só a base para a Unificação do continente mas também uma proposta para a Paz Mundial, e principalmente a defesa contra o Holocausto Nuclear eminente para as futuras gerações. As conclusões foram apresentadas 2 meses depois em frente dos líderes de todas as nações do Mundo em Nova York. O discurso em Amharick, mais tarde tomou a forma da letra musical WAR de Bob Marley e foi cantado em Siro, Milano Italia em 1980 num concerto que teve a presença de 110 mil pessoas, tido como o maior concerto do guitarista, mas também cantada em vários palcos do mundo inteiro, a música foi lançada em 1976 do album Rasta man Vibration um dos mais militantes do Rei de Reggae. Na verdade, como sua majestade sublinhou logo no inicio de discurso em Nova York, o ano 1963 tinha marcado 27 anos quando as Sociedade das Nações (hoje Nações Unidas) assistiram de braços cruzados a Itália fascista de Mussolini a genocidar um povo livre e membro desta mesma Sociedade em plena capital da Addis Ababa, uma organização que ao contrário deveria salvaguardar a Paz, Igualdade e a Justiça para todos os povos principalmente os que estavam mais enfraquecidos pelos seus mesmos sistema de opressão e exploração. Contudo, esta invasão, humiliação e opressão de um povo livre, que durou 5 anos não fez mais do que atiçar a chama do fogo da revolução e as resistências não só dos Ethiopianos mas dos Africanos do Mundo inteiro a esta causa de Unidade e Liberdade Africana discutida em várias conferências e congressos desde o ano 1900 em Londres, passando para Paris, Nova York, Accra, Bandung, Dar-es Salam, Cairro etc. O cinismo e o silêncio das nações colonialistas perante esta tragêdia humana sem precendentes que foi eternizada no dias nacionais em Ethiopia: 19 de Fevereiro e 05 de Maio (yekatit 12 e Miazia 27 dos anos 1937 e 1941 respectivamente) sendo o primeiro o massacre e o segundo a libertação com a entrada glorioza do imperador ao seu reinado que tinha deixado em exilio para a inglaterra para iniciar a grande jornadada diplomacia internacional em defesa dos direitos dos humanos. A tentativa de colonização do único país africano restante a colonizar em todo o continente, consolidou-se em um sistema de opressão e massacre dirigidas pelas milicias italianas teve como 1ª julgamento divino preditado pelo próprio imperador logo no primeiro momento da sua expressão em Geneva em 1936 com as palavras: o fósforo que atiraram no meu reino incendiará depois toda a Europa: o que que foi exactamenteo que aconteceu com a Segunda Guerra Mundial. O Maio 63 foi o momento mais alto da história da libertação e da Luta Africana, ainda que o seu sonho não fosse cumprido hoje conforme estava previsto por causa de traições de vários chefes de estados presentes que aceitando os principios da carta agiram de forma contrária aos seus fins, aceitando as ofertas dos seus antigos senhores em vez da liberdade que lhes foi prometida. Nos dias actuais várias conferências e vários estudos sobre a Africa estão a aceitar que a próxima vaga do panafricanismo deve assumir a forma de um Governo, isto é da mesma visão proposta inicialmente pelo Nkruman e suportada totalmente pela Ethiópia em 1963. Durante esta histórica conferência Haile Selassie defendeu no seu discurso inicial o Master Plan para o desenvolvimento do continente que deveria conter: uma Indústria Africana; Um sistema de estrada e comunicação continental, um Banco de Desenvolvimento da Africa; um Sistema de Defesa Militar Africano e uma Universidade Continental de preparação dos futuros líderes. Nkwamen Nkrumah e outros presentes foram contra a ideia de levar a unidade do continente por etapas, ainda que ele conhecia muito bem as dificuldades, porque considerava que eram uma chance enorme para que o neocolonialismo destruíse esta bases de Luta que acabou de nascer. Para Haille Selassie e Nkruman o primeiro grande objectivo era a completa libertação, colocando todos os meios para o atingi-la na disposição dos nacionalista, e nela estavam o alvo principal os países como Portugal e Africa do Sul que rejeitaram todas estas possibilidades, e agindo totalmente contra. Estas potências foram totalmente suportadas direta e indirectamente pelos EUA, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, a França entre outros regimes de origem colonialista e fascista que defendiam o imperialismo e o capitalismo. A Ethiopia e o imperador principalmente e não só, pagaram o triste preço de verem o seu países condenado e emergido no mais duro golpe de estado Africano 10 anos depois: o Regime de Derg, conhecido como terror vermelho, que durou 17 anos, seguindo de mais um outro regime fantoche de 27 anos até 2018. Não só a Ethiopia foi sucumbida por Golpes de Estados e genocidios, mas todos aqueles que comprometeram seriamente com a visão pagaram o preço desta liberdade com o seus próprios sangue: Nkwame Nkrumam, Modibo Keita, Sekou Touré e o Camarada Amílcar Cabral. Se estes líderes tivessem optados pelas Ideias de Haile Selassie e Kwame Nkrumam, Sekou Touré, Modibo Keita e outros o tal Governo Africano seria implementado nos anos 1970 e Cabral, Sankara, Modibo Keita e muitos outros jamais seriam assassinado dêcadas depois. Como também foi dito neste dia a geração que vai estudar as páginas da história vão conseguir compreender as oportunidades que estava em cima da mesa naquele dia para ser servidos hoje a todos os Africanos e ao mundo inteiro. Ao invês deste, hoje na longa mesa dos 06 metros em Moscov, uma conversa para a Paz Mundial, do líder das Nações Unidas e o presidente Russo transmitido on line não seriam menosprezadas com o risco de um Holocausto mundial, chegando mesmo a ser ensaiado e televisionado algumas semanas depois na televisão Russa a atacar com bombas nucleares 3 principais cidades Europeias: Londres, Berlim e Paris. Finalmente as nossas questões finais do resultado das evidências históricas ao completar este puzle: Continuaremos a insistitr nesta meta nos próximos tempos? Com que meios? Com quêm? e em que país? são as perguntas que faço ao leitores mais atentos a pensarem? Mas gostaria de alertar que os exemplos históricos são as lições mais práticas e eficazes que podemos ter para projectarmos melhor sobre o presente e o futuro. Colabore com esta iniciativa, faça a sa escolha porque o comboio não vai parar e a Ethiopia deve subir novamente se a sua geração nos permitir, conhecendo a sua história e valorizando os conteúdos fundamentais da pérpetua Carta da OUA.

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