Hoje sinto claramente que consegui alcançar o topo da montanha de Sion, onde poço ver claramente todo o cenário Africano. Considero que cumpri a minha missão como Africano vindos das ilhas ditas descobertas pelos portugueses.
"Também compreendi a razão desta longa caminhada. Descer da montanha já não é mais um problema porque conheço os melhores caminhos. É como subir o vulcão de fogo, descer é muito fácil."
Em 03 de Novembro 2022 na ocasião da minha participação da cerimónia de 92º coroação da sa Magestade Imperial Haile Selassie I, Ras Djalala um Jamaicano com 20 anos de experiência na Shashamane, me fez a proposta de ter a sua propriedade e casa construido com o seu próprio suor nestes últimos 20 anos para ser a Sede da nossa Organização em ShaShamane, onde ele mesmo estaria a minha disposição para suportar 100% a visão, com os conhecimentos que ele tem sobretudo no exercício prático no domínio da fé nesta visão.
Ras Djalala vive nas terras herdada da sua magestade e quer dividir connosco esta oportunidade.
A proposta embora interessante e motivadora implica directamente uma grande mobilização especialmente da comunidade Rastafari em Cabo Verde, um trabalho que eu já estava a fazer há muitos anos até chegar a este ponto desta revelação, isto é desde 2007/2008 concretamente.
Ok. Agora vamos aos pontos históricos e factos que provam a nossa agrande caminhada até a terra prometida.
Em primeiro lugar nunca fui uma pessoa apegada ao poder de uma organização. A minha luta sempre foi para criar plataforma de trabalhos e relações interpessoais, e deixar as pessoas em comunidade levarem para a frente a visão.
O meu primeiro projecto de liderança de uma organização iniciou-se dentro da Universidade, no 3ª ano, se não estou enganado, no ano 2007//2008.
Nesta altura era ocupar o actual centro Multi-uso da Achada Grande Frente
com um grupo de colegas estudantes universitário a partir de uma proposta escrita em um pequeno trabalho de dessertação de grupo.
Por acaso, um dos colegas do curso veio a se tornar Delegado Municipal
cerca de 3 anos de depois da nossa ideia, considerando o facto que ele já era um antigo funcionário da Câmara Municipal.
Em 2010 quando iniciamos a proposta do projecto Simenti, eu na altura já estava nos primeiros momentos de uma verdadeira liderança inspirada sobretudo pelas leituras de Amícar Cabral e pelas influências das condições sociais propícias para uma intervenção: o fenómeno Thug. Um tema específico que eu já estava a dominar uma vez que era o objecto da minha investigação durante o último ano do curso (2010/2011).
Convêm realçar que a minha iniciação como Rasta vem dos primeiros anos da Universidade 2005/2006, Ou seja na altura que que eu tinha 27 anos.
Foi nesta altura que decidi que nunca devia cortar mais o cabelo.
Pouco a pouco comecei a frequentar o círculo de uma das primeiras vagas dos movimento rastafari em Cabo Verde, pelo menos na cidade da Praia.
Na cidade da Praia poço até considerar que fui da segunda vaga, porque eu não cheguei a frequentar o cículo da "Casa de palha em Achadinha", nem na Várzea com o nosso irmão Jamaicano, o Karol e a sua mulher.
Eu comecei com o Jorge Andrade, um convite que eu tive atravês dele para frequentar o Afro-cinema talvez em 2008.
Também desenvolvi uma das minhas primeiras curiosidades de pesquisas sobre a Cultura Rastafari também no mesmo ano para a diciplina de Semiologia com o professor Joseph Zimaniak.
Comecei a frequentar o circulo dos rastas até conhecer Suzi no tarrafal e conhecer o seu marido que também estava desenovolver uma organização Rastafari numa casa perto do King Fisher.
Mas basicamente a ideia Rastafari começou muito cedo porque sempre fui influenciado pelo meu irmão mais grande Jorge nascido nos anos 1968 perto da localidade onde Amícar Cabral Cresceu e sua mãe viveu: Achada Costa a beira da actual barragem de poilão.
O meu irmão já muito cedo nos meados de 1980 esstava a transformar a a nossa casa em um verdadeiro centro juvenil da dança Black Dance, e carregar peso.
Lembro-me de personagens como Ze Piguita, David (o artesão das tartarugas), Kaitano de Marina de ponta Achada Grande etc são pessoas que frequentavam regularmente a nossa casa para ouvirem e dançarem as músicas e batidas de Funk, Reggae, sem esquecer o Kasaff das antilhas.
Bob Marley sempre foi a nossa admiração nos tempos que a única casa que tinha televisão na nossa zona era a da Manel de Iva, o fabricador de barcos, o Avô do rapazinho Makiaveli.
Eu comecei a brincar fumar Marijuana com cerca de 15 anos. Voltando ao assunto desde a minha frequência ao grupo com o Jorginho os primeiros contactos com: Nhaco, Carlos, Savi, e vários outros jovens no palácio da Cultura Ildo Lobo no espaço de cinema nunca mais parei de sentir as curiosidades sobre o movimento Rasta e a Ethiópia.
A minha intenção de ir para a Ethiópia foi formada no ano 2015 no segundo ano da minha vida com Isabel. Estávamos a planear ir directamente para a Ethiópia no ano 2016 em vês de Senegal.
Contudo, como ela não conseguiu uma vaga no primeiro momento decidimos esperar e avançar primeiramente para Senegal em 2016.
Em 2018 quando tive a visão em Março 2018, 27, decidi definitivamente que tenho de pizar a terra prometida para saber o que ela significa no seu verdadeiro senso.
Foi uma das decisões mais deficil da minha vida porque a medida que avançavamos com o plano, com a mulher e dois filhos, sentíamos que o país estava em constante risco de guerras.
A Ethiópia naquele momento estava em um dos periodos mais turbulentos dos seus
últimos 27 anos. Podemos dizer que ela estava perante uma revolução política marcante neste periodo de transição.
Esta mudança
de regimes custou a Ethiópia hoje a vida de milhares de pessoas e refugiados, ao mesmo tempo quea ela já estava a tentar gerir os vários problemas não só de um
passado de várias guerras depois do regime Imperial: guerra nas fronteiras da
somália (Ogadem), guerras com a Eritreia, e guerras no Sudão de Sul ou seja
genocidios que começaram outra vez em 2013 neste país do Sul.
O caso de Sudão de Sul e sua separação com o Norte levou com que milhares de sudaneses da Etnia Nuer procurassem refúgio na Ethiópia, grupos dos quais fazem parte como membro da nossa organização.
Mas também as últimas guerras na Síria e no Yemem, os conflitos na Somália dos anos 1990, e mesmo na Kénia e outros países vizinhos levou com que o centro da Addis Ababa ficasse em constante pressão diplomática continental e internacional.
A Ethiópia sempre pagou o preço das guerras frias no mundo.
Portanto, a única coisa que me motivou a arriscar foi a FÉ. Porque a medida que avançava neste plano mais curioso e com medo eu via tantas noticias de um país que até então desconhecíamos completamente a não ser pelas propagandas de terra de fome e de guerras.
Mas o que nunca nos dizem é que é o único país da África que venceu o colonialismo, que é o único país de cristianismo negro na África: a fé ordodoxa cristã baseada numa linha davídica dos seus reinados.
Portanto, em 31 de Agosto dormi na Bella Haille Selassie, hoje chamada apenas de Bella, basicamente nos arredores da cidade de Addis Ababa, uma das comunidades formadas pelos antigos soldados da Guarda Imperial da sua Magestade Haille Selassie I.
Fui viver exactamente perto da propriedade privada da família da sua Magestade Imperial.
Portanto, resumindo, não poupei os esforços para dar continuidade a todo um trabalho de 16 anos, se tomarmos em conta o movimento Rastafari e não da parte social e de intervenção comunitária propriamente dito a partir de 2010 com o projecto simenti, (2011/2012) movimento Korrenti de Activista,(2013/2015) Associação Pilorinhu (2014) e Finka Pé (2015).
Eu dediquei sem exagero cerca de 1 hora por dia nas redes sociais a mobilizar pessoas para esta causa que no geral é a Unidade Africana, sobretudo nestes últimos 10 anos.
Para dizer averdade hoje depois de 4 anos e 8 meses na Ethiópia, não tenho mais força
suficiente para continuar a insitir com as pessoas em Cabo Verde a cerca deste
assunto. Em primeiro lugar é uma visão que leva a enormes custos económicos, psicológicos e familiares.
Muitos nos encorajaram, mas para mim pessoalmente a chance de prosperar é tanta que não vejo nenhuma razão para não ajudar esta visão de Paz para a Ethiópia para a Unidade Africana.
Nos últimos 5 anos intensifiquei muito a minha presença nas redes sociais tentando passar esta mensagem como uma profecia, uma revelação do verdadeiro sentido que a África deve tomar ou seja reconhecer a Ethiópia como a principal base da sua unificação.
A Fundação Deug 27 é reconhecido para muitas pessoas na Ethiópia como uma das visões mais práticas até agora para a realização do sonho da sua Magestade Imperial.
Muitas pessoas Ethiopianos e Carabeanos e outros participaram diretamente no movimento e testemunharam que existe uma grande potencialidade no movimento pela filosofia que defende especialemente a valorização e aceitação de principios das recomendações da sua Magestade Imperial ou seja Centralizar Organizar e Expandir.
Cabo Verde me parecia a nação ideial para suportar este movimento em todos os aspectos:
1. 1. Ela é o país onde nasci, cresci e tenho experiência de mobilização.
2. 2. Cabo Verde é o primeiro país conquistado e colonizado na África para ser uma plataforma desta expanção, organização e envagelização.
3. 3. O pilorinhu é um dos primeiros monumento de opressão física na administração municipal em Africa pelos Portugueses a partir de 1460
4. 4. Portugal foi um dos primeiros países a receber diplomanas Ethiopianos: o Matheus 1510, uma carca enviada para o rei Manuel em 1510?
5. 5. Portugal é a primeira potência no auge do seu dominio Mundial que entrou em contacto com a Ethiópia enviando 400 homens para ajudar na guerra contra a invasão musulmana 1527
6. 6. Portugal é derrubado literalmente pelo Amílcar Cabral liderando os movimento na luta pela libertação das colónias portuguesas.
7. 7. Portugal é o último país da Europa a não quereria a libertação dos países Africanos: Cabo Verde Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Santomé e Principe.
Portanto eu via razões mais do que suficientes para uma verdadeira conexão entre Ethiópia e Cabo Verde e que os Rastas em Cabo Verde especificamente poderiam ser um dos melhores interessados.
Durante estes anos estou a tentar mobilizar a comunidade Rasta em Cabo Verde para um engajamento nesta visão.
Desde já os resultados em termos qualitativos são satisfatórios, mas é necessário irmos muito mais além se considerarmos a grandeza e a importância da Visão.
Por este motivo, resolvi dar um tempo para recentralizar e deixar a visão nas mãos das novas gerações Ethiopianas e continuar como apenas como simples Fundador.
Para terminar gostaria igualmente de convidar os Rastas a darem uma mão para esta missão, considerando que é uma visão espiritual.